domingo, 3 de janeiro de 2010

Cadência de seu último suspiro PT.5

[...]Estava um pouco assustado e muito ansioso para ver Tuomas em algum lugar aqui fora, mesmo sendo que as probabilidades eram inúteis. Estava muito confuso, pois não sabia se avisava meus pais e os dele sobre o incidente, ou chamaria a polícia. Estava preocupado e confuso. Milhões de coisas passavam em minha cabeça: Será que ele fora raptado pela pessoa que estava na casa? Mas porque ele e não eu, que estive bem mais próximo desse anônimo? Era meu amigo. Meu verdadeiro amigo. E por ser meu verdadeiro amigo, não poderia deixa-lo sozinho. Como já era de madrugada, (O horário que costumávamos entrar em dias normais)nenhuma das mães veio nos chamar, por suspeitar que já estávamos dormindo confortavelmente em nossas camas. Aproveitei esse tempo que eu ainda tinha, e imunizado apenas de uma lanterna e de uma pedaço de ferro que achei na saída, voltei para dentro da mansão, com duas vezes mais de cautela e esperando sempre o pior. Dentro da mansão, tudo havia um ar diferente. Não as coisas, eu digo.. a atmosfera. Estava mais pesada, mal podia respirar aquele ar que insistia em entrar nos meus pulmões. Primeira reação que tive foi gritar, porém percebi que seria uma mal idéia avisar que estava entrando naquela casa. Se era pra achar alguma coisa, deveria ir quieto fazendo o menor ruído possível. ''Tuomas, onde você está?'' Era só isso que havia em meus pensamentos, até escutar barulhos no andar de cima. Fiquei feliz e assustado, porque ou era Tuomas, ou o desconhecido que habitava aquela casa.
Subi realmente muito devagar, mesmo assim as escadas rangiam sob meus pés. Enquanto subia, lembrei que não havia passado no banheiro, que havia aquelas duas tarântulas. Checarei quando chegar la em cima. Mais barulhos, e a escada não chagava em seu fim com meus passos lentos e cuidadosos. Quando finalmente subi, algo me chamou para entrar no quarto estranho. Aquele com os símbolos no chão. Ao entrar, havia mais marcas estranhas na parede. E a vela estava acessa. Fiquei realmente muito assustado, pensando em sair e deixar que Tuomas fosse levado. Foi quando, de relance olhei para o símbolo no chão. Quando desvendei o que era, chorei por medo, temendo minha vida. Eu estava no lugar certo, só não sabia a hora. Não podia acreditar, que algum dia seria usado naquele ritual. Quando pensei em correr, era tarde demais. Aquele símbolo, já havia me marcado.

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