sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Após quatro anos..

Parece muito mais tempo, que eu cheguei naquela escola olhando para a cara daqueles estranhos, apenas alguns com expressão familiar, da qual eu já havia conhecimento um ano antes.

Ninguém se conhecia, e não pareciam afim de amizades. No primeiro dia, todos são estranhos para todos, e cabe a nós decidir alguém como o mais estranho, e automaticamente excluir essa pessoa, junto com quem simpatizasse com ela. Quando entrei lá, não consegui ver ninguém com aparência estranha ou engraçada.
Todos se olhavam tentando procurar defeitos que seriam apontados mais tarde, e usados para definir o argumento de ''eu sou melhor do que ele''.
Quinta série.. todos estranhos e desconhecidos. Fizemos algumas amizades, excluimos algumas pessoas, e não fomos com a cara dos outros. O maior temor daquela época, era os sete ou oito professores que teríamos pela frente, com a carga horária e os demais problemas do ensino fundamental.
Na sexta serie, todo mundo já se conhecia um pouco, sabíamos dos defeitos e das qualidades, do que falar e do que guardar, do que mostrar e do que fingir. Os novatos eram estranhos, e nós éramos superiores. Os professores nem eram tão demoníacos assim, e já havíamos nos acostumado com quase tudo. Na sétima série, novatos eram bem-vindos, e os defeitos apontados como erros críticos para o bom funcionamento da sala. Qualquer erro deveria ser corrigido. Erros eram condenados, e idiotas também. Nessa época, todo mundo seguiu caminhos diferentes. Uns viraram o palhaço da turma, outros resolveram ser os nerds. Alguns optaram por se excluir, ja que os excluídos da quinta série, já eram bem-vindos, em quanto outros dedicaram-se a se tornar os ''fodões'' da escola.
Na oitava série, os erros não eram importantes, e ninguém era excluido. Todo mundo falava com todo mundo, querendo ou não. Percebemos que ninguém nunca foi e nem será melhor do que alguém, e as diferenças não importam. As brigar que antes eram constantes, agora cessaram porque eram motivos bestas que as criavam. Algumas desavenças continuavam, e haviam pessoas que não se bicavam, mais ainda sim, conseguiam se aturar. Mesmo com tudo isso, temo a dizer uma coisa:

Apenas no último dia de aula, que percebemos que somos todos iguais, e precisamos de todos, deixando os problemas de lado, esquecendo as brigas e conversando como uma sala, que nós deveríamos ter sido desde sempre.

Mesmo assim 8°A, NÓS SOMOS OS MELHORES

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